quinta-feira, 5 de novembro de 2009

No meu tempo...

Houve um tempo em que eu era muito feliz. Meus vizinhos me cumprimentavam todos os dias assim como os animais e as flores e todos sabiam o meu nome. Eu era princesa e uma carruagem em levava por uma linda estrada feita de tijolos amarelos que cantavam conforme eu passava. Nesse tempo as pessoas tinham vontade de falar algo e falavam, tinham vontade de agir e agiam. O amor era bonito em vez de brega e durava bem mais do que uma semana, e quando acabava as pessoas não se apaixonavam novamente para esquecer, porque ele era grande demais para ser esquecido. Nesse tempo meninos usavam azul e meninas usavam rosa e por isso eles não competiam para ver quem melhor fazia o quê. Não existiam ladrões, os produtos eram dados em troca de sorrisos e as únicas coisas a serem roubadas eram beijos. Todos andavam livremente pelas ruas, apreciando a beleza do lugar onde vivia e se lhe conviesse poderia abraçar um desconhecido na rua e ele lhe retribuiria com uma palavra gentil. Nessas ruas não haviam crianças abandonadas, pois um cuidava do outro e todos eram filhos somente da terra. Nossas moradias eram as sombras das árvores e tudo o que comíamos vinha do solo. Não existiam terapeutas porque todos podiam fazer musica a sua maneira e essa era nossa terapia. Não existiam escolas , os mais jovens simplesmente ouviam tudo o que os mais velhos tinham para ensinar e o casamento não era atestado por uma aliança, porque o compromisso estava no coração das pessoas e não em seus dedos. Todos os dias comemorávamos o dia mundial da paz e festejávamos o fato de que as pessoas nesse tempo só morriam de velhice e em paz.
Esse tempo foi um sonho que eu tive aos seis anos. Até hoje me pergunto porque não pode se tornar realidade.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Quando seu mundo gira

Certa vez eu vi num filme uma mulher que dizia que o amor é como quando começamos a rodar muito rápido. Você se diverte, mas se não prestar atenção em um ponto imóvel você se desliga do que está acontecendo ao seu redor e nem percebe que está prestes a cair.
Geralmente esse tipo de filosofia provém de quem se machucou recentemente , está desiludido, foi chifrado ou coisa parecida. Mas eu penso que deveríamos começar a ter esse tipo de pensamento desde o primeiro suspiro apaixonado, desde o "amor à primeira vista", porque se formos parar e analisar, quando terminamos um relacionamento estamos tão distantes da nossa própria realidade...
Eu namoro faz 9 meses, um cara maravilhoso, carinhoso, mas isso não vem ao caso. E não pude deixar de perceber que quando começamos a namorar ou nos afastamos de nossos amigos ou eles se afastam de nós. Nesse mês, graças a essa situação, me mudei de escola, porque eu me encontrava tão alienada, longe da realidade que não conhecia mais meus amigos. Eles mudaram e eu nem percebi. Quando dei por mim já não eram mais as mesmas pessoas. Hoje eu acho que já aprendi a lição, amadureci, tenho conseguido conciliar as duas coisas, mas ao ver esses lindos casais apaixonados que passam horas juntos, beijando-se , abraçando-se e fazendo declarações, penso o que será deles quando essa magia toda acabar e tiverem que voltar a realidade.Não que eu tenha algo contra esse tipo de manifesto afetivo, muito pelo contrário eu sou uma romântica incorrigível, mas eu me preocupo quando vejo essas cenas porque uma hora o amor acaba, o conto de fadas termina e o que resta é somente a nossa pobre e triste realidade. Os amigos que você precisaria pra te consolar se afastaram, e você só pode buscar apoio em você, mas está fraco pra isso.
Pare e olhe a sua volta.
A nossa vida é maravilhosa, é linda. Desde que não seja deixada de lado pra se entrar num conto de fadas imaginário.

sexta-feira, 20 de março de 2009

What's going on?

Hoje eu meio que fui obrigada a assistir TV, uma coisa que geralmente eu não faço, a menos que seja um desenho animado muito legal *-*
Mas assistindo o jornal eu percebi que eu ando meio desinformada do que tem acontecido ultimamente no nosso país, então eu parei pra assistir. Parei pra assistir e fiquei inconformada, digamos de passagem. Clodovil morreu. Uma patroa bate no filho da babá, uma criança inocente de menos de dois anos. Uma adolescente envenena três crianças por acidente, porque na verdade queria envenenar uma mulher grávida.
Eu assisti a cada uma das manchetes com uma perplexibilidade maior. Vendo esse tipo de coisa, nós começamos a nos perguntar : ' O que está acontecendo ? '.
Muitos inclusive pensam : ' Puxa, ainda bem que isso não acontece por aqui '. Felizes eram os tempos em que esse tipo de declaração era verdadeira. Eu cresci numa cidade pequena e calma, que foi classificada como uma das cidades mais seguras do estado de São Paulo. Infelizmente, nossa cidade vem crescendo e se urbanizando cada vez mais. Caieiras nem ao menos tem semáforo, mas o índice de criminalidade cresce a cada dia. È notável o comportamento agressivo até mesmo nos mais jovens.
Particularmente, nunca vi uma arma. Sequer sei qual é o som de um tiro, e dou graças a Deus por isso. Mas eu sei que pessoas como eu são raras.
Eu sou realmente uma pacifista declarada. Essas situações me comovem demais , me fazem muitas vezes perder o ânimo, ficar triste por vários dias. È até mesmo por isso que não assisto televisão.
Eu clamo a nossa sociedade, com toda a força que abram não só os olhos, mas o coração. Esse tipo de crime não acontece somente na classe média. Acontece diariamente nos subúrbios contra seres humanos inocentes e sem defesa.
Ainda assim agradeço, por ainda ver esse tipo de crime no jornal. Acredito que chegará a hora em que esse tipo de coisa se tornará tão comum que vai virar um clichê nos nossos jornais. Algo do tipo " uma criança é esfaqueada até a morte em Brasília, e agora vamos á previsão do tempo. "
È claro que a mudança não vem apenas dos altos escalões do governo, mas da conscientização de cada um de nós, individualmente. Afinal, quantos de nós realmente acreditam que ainda há salvação para a raça humana? Quantos de nós ainda acreditam que a morte de um ser humano, de um igual, é mais do que uma manchete diária no jornal ? Quantos de nós tem a decência suficiente para agir, para mudar a si mesmo antes de incriminar a mais alguém e assim dar o primeiro passo em direção a uma sociedade mais pacífica, onde a perda de uma vida não é inferior a um grade título de futebol ?

quarta-feira, 18 de março de 2009

Uma semana sem computador.
Não fosse por ser a semana do meu aniversário , e pela presença de alguém extremamente especial, teria sido terrível.
A Jaqueline a essa hora está na sua nova casa, sua nova cidade, nova escola, novos amigos.
Bom, pelo menos eu pude me despedir.
Completar 16 anos não foi tão emocionante quanto eu achava que seria.Tudo continua igual, as mudanças são as mesmas de quando eu tinha 15. Os amigos, os amores, as saídas mudam como em qualquer outra fase da adolescência.
A diferença mesmo é estudar a noite. As vezes chega estressante, passar um dia inteiro no curso, e depois ir direto pra escola, mas se é pelo bem do meu futuro, deve valer a pena.
Mudei o visual, mas não levo isso tanto em consideração. As mudanças que realmente devem ser notadas são aquelas que acontecem por dentro, e quanto a isso , só tenho percebido que me tornei mais compreensiva e mais paciente.
As matérias a noite estão se tornando cada vez mais simples, não sei se pelo desinteresse dos professores ou dos alunos. As vezes acho tão fácil que chega a ser tedioso.
Provavelmente esteja trabalhando mês que vem, olhando crianças numa escolinha particular. Não é grande coisa , mas é o que eu gosto de fazer. Olhar meu irmão por todos esses anos despertou em mim um espírito maternal que eu não sabia que existia ( embora eu não queira ter filhos tão cedo )
Hoje tenho curso de dança de salão.
Entrei nele só por diversão, só por causa dos filmes ( tipo Dirty Dancing) e acabei percebendo que isso realmente é o que eu mais gosto de fazer, é o momento em que eu me sinto mais leve, mais relaxada, e se Deus quiser é o que eu vou fazer futuramente.Pouco a pouco eu fui me deixando levar pelas aulas de dança e percebi que é o que eu quero do meu futuro. Lecionar dança, dançar...não existe nada melhor.
Melhor só com uma certa pessoa me olhando enquanto danço. O tipo de pessoa que eu realmente queria que nunca me perdesse de vista.
Apesar do estresse que é estudar a noite, eu tenho minha família, tenho meus amigos , tenho o Renan, acho que não poderia ficar melhor que isso.


terça-feira, 3 de março de 2009

E lá Vamos nós de novo...

Mais um blog.
Meu enésimo blog, ou coisa parecida.
Eu nem sei porque eu ainda faço isso...
Mas as vezes um caderno não parece ser o bastante pra me expressar.
eu preciso ter pelo menos a ilusão de que outras pessoas darão atenção ás minhas neuras sem sentido, os meus choramingos por motivos inúteis, e a minha felicidade que vem das mentiras de muitas pessoas.
Ultimamente eu tenho estado feliz , com alguns eventuais momentos de melancolia, como esse agora.
È o tipo de coisa que acontece quando eu entro no msn e mesmo com 52 pessoas online, não estou falando com ninguém, ou quando eu começo a fantasiar coisas sem sentido, só porqe as pessoas somem sem se despedir.
Uma grande amiga minha vai se mudar pra Minas Gerais. Embora estejamos estudando em periodos diferentes e não tendo muito contato, vai faezr falta tê-la por perto...Ela me ouviu e esteve do meu lado durante tanto tempo...O pior é que aundo essas coisas acontecem dessa forma repentina, nós percebemos o quanto nós esquecemos de fazer por quem nós amamos...
Eu nunca cheguei a falar pra ela o quanto a amizade dela era importante pra mim...Eu espero que ela saiba, ela foi a garota mais doce que eu já conheci.
Por outo lado, to morrendo de saudades da minha melhor amiga, que eu não vejo mais, que está de manhã...é tçao ruim ficar sem ela...
mas meu niver tá chegando *--*
Espero reunir a galera mais uma vez...A ultima vez com a jaque por perto...=/
Jaque, Te amo !